domingo, 30 de julho de 2017

Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas


O Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas, nas regiões do Serro, da Serra da Canastra e do Salitre, em Minas Gerais, foi inscrito no Livro de Registro dos Saberes, em junho de 2008. Esse bem imaterial constitui um conhecimento tradicional e um traço marcante da identidade cultural dessas regiões. A produção artesanal do queijo de leite cru representa uma alternativa bem sucedida de conservação e aproveitamento da produção leiteira regional, em áreas cuja geografia limita o escoamento dessa produção.


Em cada uma das regiões, os detentores do conhecimento forjaram um modo de fazer próprio, expresso na forma de manipulação do leite, dos coalhos e das massas, na prensagem, no tempo de maturação (cura), conferindo a cada queijo aparência e sabor específicos. Nessa diversidade constituem aspectos comuns o uso de leite cru e a adição do pingo, um fermento láctico natural, recolhido a partir do soro que drena do próprio queijo e que lhe transfere as características específicas, condicionadas pelo tipo de solo, pelo clima e pela vegetação de cada região.


Como todo queijo artesanal feito no Brasil, as bases originais do modo de fazer queijo nas Gerais, vêm da tradição portuguesa da Serra da Estrela, na região central de Portugal. E, como todo produto cultural, ao longo do tempo transformou-se dinamicamente e buscou aderir-se à realidade local, fundamentando estruturas, instrumentos, técnicas e fazeres que lhes são próprios.






Videos do Iphan





Cultura e hábitos estão presentes na história da produção do queijo de Minas e foram registrados neste audiovisual.






Documentos


Parecer

Certidão

Informações sobre o Inventário


Leia mais


Identidade Mineira

Dossiê do Modo Artesanal de Fazer Queijo de Minas

Vídeo do Registro - Parte 1 - Parte 2

Banco de Dados dos Bens Culturais Registrados

Contatos



http://portal.iphan.gov.br/mg/pagina/detalhes/65



http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Dossie_modo_fazer_queijo_minas.pdf




segunda-feira, 15 de maio de 2017

Reabertura do Cine Victor Agresta em Piumhi


Sexta, 12, Piumhi teve o seu reencontro com o cinema; depois de quatro anos fechado o Cine Victor Agresta foi reativado numa iniciativa da Prefeitura Municipal de Piumhi.

Com a reabertura do Cine Victor Agresta o governo Deco de Melo resgata um espaço do lazer, da arte e da cultura, por origem e destinação

Depois de quatro anos a cidade quebrou o seu jejum de cinema. Parceria entre a Prefeitura de Piumhi e o Cine Canastra do grupo Josue’s Cine viabiliza a reativação da Sala de Projeção Cinematográfica Victor Agresta que inaugurada em 2011 está paralisada desde 2013.

Com solenidade a partir das 20 horas, resgatando o cinema para o cenário de lazer e cultura do piumhiense. A sessão inaugural, em seguida, será gratuita.

A parceria prevê serviço completo de sala de projeção cinematográfica convencional e o custo do bilhete, ainda a ser confirmado, é de R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 meia. Numa primeira rodada de filmes a exibição dos longas A Cabana, e Velozes e Furiosos 8.

A Sala de Projeção Cinematográfica Victor Agresta integra o complexo da Casa de Cultura Oscar Alves Rocha instalada à praça Dr. Avelino de Queiroz. O conjunto edificado em formatação 3 em 1 abriga ainda espaço interativo com palco para apresentação de peças teatrais, seminários, com auditório para uma plateia de 150 pessoas. Conta também com um foyer para pequenas mostras, vernissages e coquetéis.

Com a volta do Cine Victor Agresta a administração resgata um espaço da cultura, da arte e do lazer, por origem e destinação.


Publicado em: http://www.virtualto.com.br/


Edição: 3.923 - 1 a 7 de Maio 2017



sábado, 6 de maio de 2017

A importância da participação da sociedade civil nos Conselhos de Cultura

Por Taís Ferreira*

Falar sobre a importância da cultura para os municípios é um desafio para as administrações municipais e conselheiros que precisam se preparar para atuar em prol de políticas culturais efetivas visando promover a produção, a distribuição e uso da cultura, preservação e divulgação do patrimônio histórico no município e região.
Ao mesmo tempo é um desafio para cidadãs e cidadãos a participação no desenvolvimento do município, na configuração das políticas e gestão da coisa pública através dos conselhos para que os projetos culturais ultrapassem os governos e tenham continuidade.
Ao longo da história o conceito de cultura se transformou, passando da esfera agrícola do cultivo dos grãos nos primeiros tempos ao cultivo da mente (obras e práticas artísticas) no século XVI, às singularidades dos modos de fazer e saber de cada povo a partir do século XIX, tendência que se fortaleceu no século XX, quando a UNESCO assume o papel de protagonismo nas discussões sobre políticas culturais, diversidade cultural e sobre a relação dessas com o desenvolvimento humano.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, artigo 216, constituem o patrimônio cultural brasileiro, os bens de natureza material — obras, objetos, documentos, edificações e espaços destinados às manifestações artísticos culturais; conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico —, e os bens de natureza imaterial — as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. No artigo 215, a Constituição estabelece que “o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.”(BRASIL, 1988)
Muitos entendem os Conselhos de Patrimônio como instâncias somente técnicas, pensando somente nos bens em si. Mas, pode-se afirmar que políticas de patrimônio cultural são políticas para o ser humano, sua vida, suas praticas sociais, suas memórias. Tombar um bem significa colocá-lo em destaque para que seja reconhecido como valor cultural com a finalidade de preservação e proteção, assim como, registrar um bem imaterial — dança, festa, saberes —, também tem a finalidade de proteção. A principal função dos Conselhos — instâncias colegiadas e permanentes de participação social —, é atuar na elaboração e fiscalização das política públicas, através da atuação conjunta de município, estado e governo federal para potencializar os recursos e resultados.
No conselho devem estar representadas as linguagens artísticas, os segmentos culturais, os produtores culturais, os trabalhadores, os empresários, os indígenas, os afro-brasileiros, as identidades sexuais, os idosos, a juventude, as ONGs, os bairros, distritos. 50% de seus integrantes devem ser representantes da sociedade civil eleitos democraticamente, os quais devem planejar, avaliar e fiscalizar as políticas culturais do município, sob a coordenação do órgão gestor da cultura em diálogo permanente com a comunidade, corrigindo problemas e distorções, sempre em nome do interesse coletivo.
Conselhos são espaços de interação entre governo e sociedade, pensando a cultura em constante evolução como ferramenta para o desenvolvimento humano, social e econômico, em uma sociedade mais equilibrada, plural e inclusiva.
Em Piumhi o Conselho de Patrimônio Cultural foi criado em 2002. É por causa de sua atuação que temos hoje a Casa da Cultura, bem material tombado pelo Patrimônio Histórico de Minas Gerais, o Cine Victor Agresta, o Ponto de Cultura da Associação dos Devotos dos Reis Magos, a tradição de valor histórico da Folia de Reis, registrada como bem imaterial do Patrimônio Cultural da cidade, assim como, o modo de fazer queijo Canastra, outro bem imaterial do município, e bens materiais tombados como: os desenhos do II Bruno, e o projeto de digitalização do acervo do jornal Alto São Francisco. Além disso, a cidade tem o Memorial Bento Ferreira Júnior, dedicado à odontologia — um projeto de futuro Museu das Profissões —, o Fundo Municipal de Cultura e também realizou a primeira Conferência Municipal de Cultura.
Espera-se que o Conselho seja reorganizado e ampliado na representação da sociedade. Que cumpra os requisitos das leis, implantem e ampliem cada vez mais as políticas de proteção do patrimônio cultural e educação patrimonial e mantenham o acesso público aos documentos e à história do conselho na cidade.
Ser conselheiro é exercer um papel de interesse público, é dialogar, é estar preparado para levar aos outros conselheiros as reivindicações de seus representados. Sensibilizar para a importância da valorização da memória e da cultura para o desenvolvimento das cidades. Afinal, desde o cidadão mais humilde, ao alto executivo, todos temos história, identidade, memória, fotografias, memória oral, registros textuais e audiovisuais, relatos, canções, documentos que podem ser disponibilizados através das novas tecnologias, envolvendo escolas, associações e entidades de importância local.


* Taís Ferreira é jornalista e fotógrafa. Representante do Território Sudoeste na etapa final do Fórum Técnico Plano Estadual de Cultura. 

terça-feira, 11 de abril de 2017

Conhecendo Museus - MUSEU CASA GUIMARÃES ROSA

O Museu Casa Guimarães Rosa, localizado na cidade de Cordisburgo, em Minas Gerais, espaço que hoje abriga um bom acervo da vida e obra do escritor — e onde ele morou com sua família desde seu nascimento, em 1908, até os 9 anos de idade.
O espaço conserva planta e arquitetura originais, concebido como centro de referência da vida e da obra do escritor mineiro e como núcleo de informações, estudos, pesquisa e lazer.
Conhecendo Museus - Ep. 08: MUSEU CASA GUIMARÃES ROSA




segunda-feira, 20 de março de 2017

Confira o vídeo que fala sobre a importância da Memória e da Preservação do Patrimônio Artístico




Vídeo produzido em 2009 sobre a importância de preservarmos a nossa cultura e a nossa identidade.

Memória, Preservação e o Patrimônio Artístico do Estado de São Paulo

sexta-feira, 17 de março de 2017

Biblioteca Pública Municipal Maria Serafina de Freitas em novo espaço

EDUCAÇÃO PIUMHI

Biblioteca ganha novo espaço

07.03.2017


A biblioteca pública de Piumhi vai ganhar em breve novo espaço

A Biblioteca Pública Municipal Maria Serafina de Freitas deverá ganhar em breve um novo espaço para servir seus leitores. O local fica na rua Padre Abel no centro da cidade. Esta situado entre duas escolas: Josino Alvim e Doutor Avelino de Queiroz. O novo espaço deve estar pronto em dois meses.

Foram 12 anos dividindo o espaço com a Secretaria Municipal de Saúde. O local era improvisado no prédio do antigo Grêmio da Juventude Piumhiense na Praça Doutor Avelino de Queiroz.


“Voltaremos a receber novamente os estudantes como antigamente, as pesquisas caíram com certeza, mas o gosto pela leitura não. O movimento só tende a aumentar com esta mudança, com a biblioteca ganhando visibilidade e melhor acessibilidade por todos, sejam alunos das escolas ou os amantes da leitura em geral”, considera Valquíria Rodrigues Souza que desde 1983 trabalha na biblioteca.

A atual equipe é formada também por Marli de Oliveira Costa e Rosângela Aparecida Silva, que já começaram com a dura tarefa de acondicionamento do acervo de cerca de 20 mil livros em caixas. “É um trabalho demorado, sobretudo quando estivermos realinhando os livros novamente, pois envolve ainda outro procedimento importante: a classificação dos volumes”, explica a bibliotecária.


História


A biblioteca pública de Piumhi foi criada por meio de decreto assinado em 1949 pelo então prefeito Oswaldo Soares Machado, mas apenas 26 anos depois, em 1975, na gestão do prefeito Bossuet Costa, sua instalação se concretizou em imóvel onde funcionara a Companhia Telefônica de Piumhi (CTP) à época incorporado ao patrimônio do município.

O espaço, à rua Artur Rodrigues da Costa, foi reformado e ampliado durante o governo Álvaro Moreira da Silva (1977/83), ganhando um anexo onde funcionaria por anos o Ensino Supletivo, além da aquisição de 8 mil livros. Ali permaneceu até 2005, quando o prédio passou a abrigar a 110ª Companhia de Polícia Militar.


Visibilidade


Valquíria Souza acredita que com a mudança, a Biblioteca Pública Municipal Maria Serafina de Freitas ganha não apenas em espaço físico, mas também visibilidade frente à comunidade. “No Centro da cidade o acesso será facilitado, pois a movimentação de pessoas ali é maior. A biblioteca terá em sua fachada uma placa de identificação dando, inclusive, maior destaque à memória de sua patrona”, acredita a serventuária.

Ela calcula que, todos os dias, entre 30 e 50 pessoas procuram a biblioteca. “Apesar do advento e expansão dos canais digitais (internet) a busca por livros não recuou como muitos acreditam, com queda registrada apenas no número de pesquisas e procura por conteúdo para trabalhos escolares”, ressalta.

Aos 42 anos de existência, a promessa é para que a Biblioteca Pública Maria Serafina de Freitas não passe mais despercebida pela comunidade, praticamente oculta entre inúmeros departamentos, e retome sua posição como centro de cultura, informação e referência literária do piumhiense, na qual se firmou décadas antes.


Fonte: Jornal Alto São Francisco
Publicado em: Conectados/Educação




quinta-feira, 9 de março de 2017

Patrimônio Cultural MP MG

 

A Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais criada em 2005, foi a primeira do gênero no país. Segundo o coordenador, promotor de Justiça Marcos Paulo de Souza Miranda, o trabalho da promotoria tem se tornado referência em todo o país. Já existem iniciativas semelhantes na Bahia, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Minas Gerais tem o maior número de bens culturais protegidos. Bens que dizem respeito não apenas àquelas cidades conhecidas como coloniais, mas também a bens culturais arqueológicos, espeleológicos (referente às cavidades como grutas e cavernas), paleontológicos, ferroviário, o que fez com que o Ministério Público em conjunto com outras instituições e a sociedade atuassem de maneira efetiva na defesa da preservação deste patrimônio cultural, uma vez que representam a essência da sociedade mineira.

Nos termos da Resolução 78/2005, a Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Histórico, Cultural e Turístico foi criada com o objetivo de, em conjunto com as demais Promotorias de Justiça do Estado, auxiliar e dar suporte técnico, jurídico e administrativo às Promotorias de Justiça, objetivando contribuir para que haja a efetiva proteção os bens portadores de valor histórico, cultural e turístico, conforme prescreve a Constituição da República.

Mais informações:https://www.mpmg.mp.br/


http://patrimoniocultural.blog.br/


Ministério Público de Minas Gerais
Superintendência de Comunicação Integrada
Diretoria de Imprensa
Tel: (31) 3330-8016/3330-8166


Fonte: CPPC

domingo, 5 de março de 2017

Roda Viva - Milton Santos



Entrevista com o premiado professor brasileiro, Milton Santos, foi titular de geografia da Universidade de São Paulo. Consagrado em 1994 com o Prêmio Nobel da Geografia, doutor em geografia pela Universidade Francesa de Strasburgo e também doutor honoris causa por outras onze universidades de 7 países. Nasceu na cidadezinha de Brotas de Macaúba, no interior da Bahia, cursou direito em Salvador e chegou aos 71 anos com mais de 40 livros publicados em sete línguas. Em 1964 foi destituído do cargo de secretário de Estado da Bahia e de professor da Universidade Federal pelos militares. Exilou-se na Europa, e lecionou durante 13 anos nas mais importantes universidades do Mundo. Faleceu em São Paulo em 24 de junho de 2001.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Prefeitos eleitos do território Sudoeste debatem sobre políticas culturais


Secretário adjunto detalhou programas e editais da Secretaria de Cultura





O fortalecimento das políticas culturais que envolvem a chamada microrregião da baixa Mogiana, formada por municípios do território Sudoeste, foi tema debatido durante encontro que envolveu os prefeitos eleitos da região. Na ocasião, o secretário adjunto de Estado de Cultura, João Miguel, representou o secretário Angelo Oswaldo.
A reunião foi realizada nos dias 23 e 24 de novembro, em Guaxupé, e englobou algumas das quinze cidades que integram a AMOG - Associação dos Municípios da Microrregião Baixa Mogiana, a saber:  Alterosa, Arceburgo, Areado, Bom Jesus da Penha, Botelhos, Cabo Verde, Conceição da Aparecida, Guaranésia, Guaxupé, Jacuí, Juruaia, Monte Belo, Muzambinho, Nova Resende e São Pedro da União.
Durante o encontro, que foi presidindo por Álvaro Júnior, presidente da AMOG e atual prefeito de Juruaia, também foram discutidas formas de aprimoramento das políticas públicas municipais voltadas à cultura. O secretário João Miguel aproveitou para detalhar aos futuros prefeitos quais são os programas, editais e ações promovidas pela Secretaria de Estado de Cultura, bem como as diretrizes de governo, especialmente a que valoriza a regionalização dos territórios de desenvolvimento.
Estiveram presentes os prefeitos e vices eleitos das cidades de Itamogi, Monte Santo, Guaranésia, Guaxupé, Juruaia, Muzambinho, São Pedro da União, Monte Belo, Botelho, Jacuí e Bom Jesus da Penha. Também participaram alguns dos futuros secretários municipais.

Publicado em:  07 de Dezembro de 2016  http://www.cultura.mg.gov.br


Ibram completa 8 anos e investe no mapeamento de museus

Criado pela Lei 11.906, de 20 de janeiro de 2009, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) comemora oito anos nesta sexta-feira (20).
A autarquia é vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), sendo responsável pela consolidação da Política Nacional de Museus (PNM) e pela elaboração de políticas públicas para o desenvolvimento do setor museológico.
O Ibram também administra diretamente 30 museus federais  em nove estados: Espírito Santo (ES), Goiás (GO), Maranhão (MA), Minas Gerais (MG), Pernambuco (PE), Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC) e São Paulo (SP).
Sempre considerando a diversidade museal brasileira, o Ibram tem buscado estabelecer um diálogo com os cerca de 3,6 mil museus do país, número resultante de mapeamento contínuo realizado pelo instituto, levando à cabo ações de fomento e financiamento, aquisição e preservação de acervos, bem como de integração entre os diversos públicos que compõem o setor.
O que está por vir
Para 2017, três ações são consideradas prioritárias para o Ibram: a requalificação dos museus de sua rede, o novo Registro de Museus e a realização do Fórum Nacional de Museus.
A requalificação dos museus Ibram é uma ação permanente de preservação do patrimônio histórico e cultural. Atualmente, há obras em andamento em oito museus da rede Ibram. Também estão em andamento processos licitatórios para requalificação de mais sete museus.
O Registro de Museus, lançado em dezembro de 2016, é uma importante ferramenta da Política Nacional de Museus e foi construído de forma colaborativa, no intuito de espelhar a realidade museológica brasileira da melhor forma possível.
Sua implementação traz benefícios como a maior confiabilidade das informações e maior visibilidade dos museus. Saiba mais.
Já o Fórum Nacional de Museus (FNM) é um evento que congrega a comunidade museológica, reunindo profissionais de museus, professores e estudantes de todo o país, para discutirem políticas públicas e outros temas relevantes para os museus brasileiros. Em sua 7ª edição, este ano o FNM acontecerá na cidade de Porto Alegre (RS).

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Como o município pode instituir o seu Sistema Municipal de Cultura - SMC?




O Sistema Municipal de Cultura (SMC) faz parte do Sistema Nacional de Cultura ( SNC ) que é um modelo de gestão criado pelo Ministério da Cultura (MinC) para estimular e integrar as políticas públicas culturais implantadas por governo, estados e municípios. O objetivo do sistema é descentralizar e organizar o desenvolvimento cultural do País, para que todos os projetos tenham continuidade, mesmo com a alternância de governos.

Funciona da seguinte forma: estados e municípios assinam o termo de adesão ao SNC e a partir daí se comprometem a implantar no município ou estado a estrutura cultural exigida pelo Ministério. Em contrapartida, o MinC oferece todo o apoio para o desenvolvimento de políticas culturais.


O mínimo que o município deve implantar é:

  • uma secretaria de cultura, 
  • um conselho de política cultural, 
  • uma conferência periódica de cultura, 
  • um plano de cultura e 
  • um sistema de financiamento (fundos de cultura). 


No caso da União e estados, eles têm que constituir também uma comissão intergestores.

Com essa estrutura, o cidadão tem espaço de participação, porque o sistema age por meio dos conselhos e das conferências, que contam com a participação da sociedade e comunidade artística para a formulação, acompanhamento e aplicação das políticas de cultura.


Como o município pode instituir o seu Sistema Municipal de Cultura (SMC)? 


A instituição do Sistema Municipal de Cultura (SMC) deve ser feita por meio de lei própria, encaminhada à Câmara de Vereadores pelo prefeito do município. Nessa lei devem estar previstas a estrutura e os principais objetivos de pelo menos cinco componentes: Órgão Gestor (secretaria de cultura ou equivalente), Conselho Municipal de Política Cultural, Conferência Municipal de Cultura, Plano Municipal de Cultura e Sistema Municipal de Financiamento à Cultura (com Fundo de Cultura).

FONTES

http://www.planalto.gov.br/

http://pnc.culturadigital.br/metas/sistema-nacional-de-cultura

https://territoriosculturaisbahia.wordpress.com/sistemas-de-cultura/



sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Inauguração da Sede da Associação de Santos Reis e IV Encontro de Folia de Reis

A diretoria da ADERMAB convida para Inauguração da Sede da Associação dos Devotos dos Reis Magos e IV Encontro de Folia de Reis a realizar-se nos dias 14 e 15 de janeiro de 2017, na Rua Bambuí, 253, Centro, Piumhi, Minas Gerais. Confira a programação completa.






segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Governo de Minas Gerais reconhece Folias de Reis como Patrimônio Imaterial do Estado

Integrantes de diversos grupos foram recebidos pelo governador Fernando Pimentel, que prestou homenagem à tradição mineira

O governador de Minas Gerais,Fernando Pimentel, recebeu na sexta-feira (6/1), no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, integrantes de grupos mineiros de Folias de Reis. No dia que marca a comemoração do Dia de Reis, o Conselho Estadual de Patrimônio de Minas Gerais (Conep) reconheceu as Folias de Minas como Patrimônio Imaterial do Estado.
“É um momento importante para nós. Não por coincidência hoje é Dia de Reis, dia 6 de janeiro, e esse é um dos ativos culturais mais importantes de Minas Gerais. A Folia de Reis tem mais de 300 anos que a gente comemora, festeja e que a gente participa. É uma tradição muito cara a todos os mineiros e mineiras. Por isso é com muita alegria que recebo vocês aqui hoje para prestar uma homenagem do povo de Minas Gerais, representado aqui pelo Governo, a todos os grupos de Folia de Reis”, disse o governador Fernando Pimentel.
OInstituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha)apresentou o resultado de uma extensa pesquisa que revelou mais de 50 tipos de devoção e uma grande diversidade de folias no estado. Após o encontro com o governador, cerca de 200 integrantes das Folias de Minas se reuniram no Museu Mineiro e saíram em cortejo pelos espaços doCircuito Liberdade.
“Esta tradição vai lá no fundo da alma de Minas Gerais. Desde o início da colonização mineira, do ciclo do ouro, nós temos manifestações ligadas aos Reis Magos. Esse registro é uma documentação completa. O Iepha trabalhou nos últimos dois anos e levantou mais de 1.500 folias em Minas Gerais. Esse reconhecimento é uma chancela, uma espécie de selo de qualidade que se dá a um bem cultural, para que todos prestem atenção a ele”, explicou osecretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo.
Durante a cerimônia, o Governo do Estado também homenageou o professor Affonso Furtado Silva e o presidente da Comissão Mineira de Folclore, José Moreira de Souza, ambos pesquisadores da cultura popular e que contribuíram para a documentação sobre os grupos de Folias de Reis, o que culminou no reconhecimento dessas manifestações como patrimônio imaterial de Minas Gerais.
Esse procedimento, além de propiciar maior visibilidade a essas manifestações da cultura popular, fará com que o poder público se torne responsável pelo estabelecimento de medidas para incentivar e garantir sua perpetuação.

Três séculos de Folias de Minas
As folias possuem mais de três séculos de prática e forte representatividade na religiosidade e cultura mineiras. Em geral, são organizadas por um grupo de devotos, saindo na chamada “jornada” ou “giro”, que passa pelas casas da comunidade, cantando e festejando para o santo de devoção do grupo. 
Estas manifestações culturais acontecem em todo o território mineiro e se revelam de diferentes formas e com várias nomeações. Chamadas também de “terno”, “charola” e “companhia”, os grupos se organizam para homenagear diversos santos, e não apenas os Reis Magos, como acontece nas Folias de Reis no dia 6 de janeiro.
Estiveram presentes à cerimônia os secretários de Estado de Educação, Macaé Evaristo; do Trabalho e Desenvolvimento Social, Rosilene Rocha; de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda; de Desenvolvimento Agrário, Neivaldo de Lima Virgílio; além da presidente do Iepha, Michelle Arroyo, entre outras autoridades.

Crédito (foto): Veronica Manevy/Imprensa MG

Publicado em: http://www.cultura.mg.gov.br/


quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Folia de Reis preservada no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte

Folia de Reis em Santê, tradição preservada pela família Naves

Sexta-feira, 6 de Janeiro, como reza o calendário, é Dia dos Santos Reis e como manda a tradição, é dia de cortejo da Folia de Reis. Em Santa Tereza, a manifestação religiosa e cultural vem sendo mantida há anos pelos irmãos Naves: Lúcia, Catito, Mauro, Guilherme, Anselmo e Glória.

A Folia é como uma herança familiar, explica Lúcia Naves, que coordena a preparação para o cortejo. “Minha mãe fazia sempre a folia aqui no bairro, cuja tradição ela recebeu de meu avô, José Cândido Correa. Com ela aprendemos a comemorar o Dia do Santos Reis e recebemos a responsabilidade de continuar com a tradição. É o que sempre fizemos e faremos este ano, louvar o Menino Deus e seguir as lições de nossa mãe”.
Assim, mo dia 6 de janeiro a Folia de Reis estará na rua em Santa Tereza, com os cânticos puxados pela sanfona do Catito Naves, com o violão do Juca e dos outros instrumentistas da Confraria de São Gonçalo, que, desde o ano de 2016, passou a integrar o cortejo. Além dos instrumentistas, o coral da Confraria, também participa regido pelo maestro Márcio Matias.

Parceria com o MIS Cine Santa Tereza
A Folia este ano conta com a parceria do MIS Cine Santa Tereza, que exibirá o filme O Quarto Rei, às 17h.
Sobre o filme: Com direção de Stefano Reali, é de 1997 e trata-se de uma ficção que reconta a bonita e sofrida aventura dos reis magos, seguindo a estrela de Belém para encontrar o Rei dos reis, Jesus. Alazar, o quarto rei, é criador de abelhas, chamado rei das abelhas Com a venda do mel ele sonha dar melhores condições de vida para a esposa Izira e para o filho que vai nascer. A rotina é interrompida com a chegada do rei Balthazar e a seguir dos outros dois reis magos.
Logo após, o cortejo sairá do cinema, passando pela Praça de Santa Tereza e indo até à Igreja, onde louva o Menino Deus no presépio e participa da missa.
Serviço
Folia de Reis em Santa Tereza
17h – Exibição do filme O Quarto Rei, no MIS Cine Santa Tereza
18h30 – Saída do cortejo, em frente ao cinema (Rua Estrela do Sul 86)
19h – Celebração da Missa e visita dos “Reis Magos” ao presépio
20h – Saída do cortejo
Confira o ensaio da Família Naves e da Confraria na segunda-feira, dia 2 de janeiro.

O que é a folia?
A Folia de Reis é uma manifestação da cultura popular com séculos de tradição, que foi trazida ao Brasil pelos portugueses. De fundo religioso faz parte das festas natalinas, quando se comemora o nascimento de Jesus Cristo.
Segundo a bíblia, o Menino Jesus recebeu a visita dos três Reis Magos, guiados pela estrela. É essa visita que é representada pela Folia, onde há a caracterização dos três Reis Magos (Melchior, Gaspar e Baltazar) em visita ao Menino Jesus.
Tem ainda a participação de palhaços e músicos instrumentistas e cantores. À frente seguem as bandeiras feitas em tecido brilhante com estampas da Sagrada Família e dos Reis Magos. O cortejo é fechado pelos seguidores, que cantam ao som da sanfona, do reco-reco, da rabeca, do tambor. É um louvor ao nascimento do Menino Deus.
Os foliões, liderados pelo Capitão da Folia, seguem reverenciando a bandeira, carregada pelo bandeireiro. A bandeira carrega o símbolo da folia. Decorada com figuras que levam ao menino Jesus, feita geralmente de tecido, é enfeitada com fitas e flores de plástico, tecido ou papel, sempre costuradas ou presas com alfinete, nunca amarradas com nós cegos, para segundo a crença não “amarrar” os foliões ou atrapalhar a caminhada.
A primeira a entrar na casa, que recebe os foliões, é a bandeira. Então todos cantam a canção da chegada.
A composição de Ivan Lins, “A Bandeira do Divino”, retrata bem o cortejo.
Os devotos do divino
Vão abrir sua morada
Pra bandeira do Menino
Ser bem-vinda, ser louvada, ai, ai
Deus vos salve esse devoto
Pela esmola em vosso nome
Dando água a quem tem sede
Dando pão a quem tem fome, ai, ai
A bandeira acredita
Que a semente seja tanta
Que essa mesa seja farta
Que essa casa seja santa, ai, ai
Que o perdão seja sagrado
Que a fé seja infinita
Que o homem seja livre
Que a justiça sobreviva, ai, ai
Assim como os três Reis Magos
Que seguiram a estrela-guia
A bandeira segue em frente
Atrás de melhores dias, ai, ai
No estandarte vai escrito
Que ele voltará de novo
E o Rei será bendito
Ele nascerá do povo, ai, ai
No estandarte vai escrito
Que ele voltará de novo
E o Rei será bendito
Ele nascerá do povo, ai, ai

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Folias de Reis fazem cortejo pelo Circuito Liberdade

Encontro de Folias de Contagem
A expectativa é que Conselho de Patrimônio reconheça as Folias como patrimônio imaterial

No próximo dia 6 de janeiro, dentro da programação do Natal Minas Gerais 2016 do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais - Iepha-MG, Circuito Liberdade e Secretaria de Estado de Cultura, cerca de 200 integrantes de grupos de Folias de Reis se reúnem para uma grande festa de celebração da cultura popular mineira, com música e dança.

A concentração, na data em que se comemora o Dia de Reis, será no Museu Mineiro, a partir das 18 horas. Em seguida, o cortejo sairá em visita aos espaços do Circuito Liberdade que participam do Circuito de Presépios e Lapinhas. A data marca também a reunião do Conselho Estadual de Patrimônio de Minas Gerais (Conep), ocasião na qual o colegiado irá analisar o dossiê de registro das Folias de Minas e deliberar sobre o seu reconhecimento como Patrimônio Imaterial do Estado.

O Iepha-MG apresentará ao Conep os resultados de um ano de pesquisas, que revelaram mais de 50 tipos de devoção e uma grande diversidade de folias em Minas Gerias. Toda a documentação está sendo finalizada e irá para a avaliação dos membros do conselho, formado por 20 integrantes da sociedade civil e de instituições públicas.

A realização do Circuito de Presépios e Lapinhas neste Natal se constitui como uma ação de salvaguarda das Folias de Minas. Para fortalecer a iniciativa, além dos espaços culturais do Circuito Liberdade, cerca de 250 presépios – residenciais e comunitários – foram montados para visitação em cerca de 150 cidades mineiras.


Três séculos de Folias de Minas

As folias possuem mais de três séculos de prática e forte representatividade na religiosidade e cultura mineira. Em geral, são organizadas por um grupo de devotos, saindo na chamada “jornada” ou “giro”, que passa pelas casas da comunidade, cantando e festejando para o santo de devoção do grupo.

Estas manifestações culturais acontecem em todo o território mineiro e se revelam de diferentes formas e com várias nomeações. Chamadas também de “terno”, charola” e “companhia”, os grupos se organizam para homenagear diversos santos, e não apenas os Reis Magos, como acontece nas Folias de Reis.

O processo de reconhecer uma manifestação tão significativa em um patrimônio imaterial é de extrema importância. Quando um bem é reconhecido, além de ganhar visibilidade, tornando-se mais conhecido, faz om que o poder público torne-se responsável pelo estabelecimento de medidas de salvaguarda, capazes de incentivar a perpetuação da manifestação cultural.

A expectativa é que, depois do reconhecimento, o diálogo com os grupos sejam ampliados, criando um canal de comunicação para trocas de ideias permanentes.

O fundador da Folia de Santos Reis da Paróquia São João Evangelista de Belo Horizonte, João Ferreira Lopes - mais conhecido como João da Folia - fala com orgulho sobre a importância dessa tradição. “Quando eu fundei o grupo, há 25 anos, nós não tínhamos nada, nem roupas nem instrumentos. Mas crescemos e hoje fazemos um trabalho mais rico. A nossa folia é daquela bem tradicional e, enquanto eu estiver vivo, vamos continuar realizando o cortejo”, diz ele, que aos 66 anos mantém toda a disposição para a folia.

João da Folia destaca ainda a importância da reunião de diversos grupos, como a que vai acontecer na Praça da Liberdade no dia 6 de janeiro. “É legal já que cada folia tem suas diferenças, é bom, porque assim, o povo pode conhecer mais essa cultura”, diz.


Evento: Grupos de Folias no Circuito Liberdade
Data: 06/12/2017
Horário: A partir das 18h
Local: Concentração no Museu Mineiro