MUSEU DAS PROFISSÕES


A IMPLANTAÇÃO DO "MUSEU DAS PROFISSÕES"

Tear de Pedal

A coleção que da origem ao "Museu das Profissões" em implantação na Casa da Cultura de Piumhi foi formada por peças originais dos séculos XVIII ao XX como um tear, instrumentos musicais e objetos de ofícios diversos dos meios rural e urbano.

Ao longo dos anos, as peças reunidas passaram por um processo de restauração, conservação e pesquisa.


Em 30 de julho de 2015, com a doação de um consultório odontológico da década de 50,  equipamento de trabalho do cirurgião-dentista Bento Ferreira Júnior, o Bentinho (dentista), um dos pioneiros da odontologia com formação superior na cidade de Piumhi, Minas Gerais, criou-se o blog, desenvolvido pela jornalista e filha de Bento Ferreira Júnior, blog que estimulou ainda mais a continuidade do projeto de constituição de um Museu das Profissões

Foi doado ao patrimônio público do Departamento Municipal de Cultura/Prefeitura Municipal de Piumhi, pessoa jurídica de direito público, com sede administrativa na Praça Avelino de Queiroz, 193, Centro, Piumhi, Minas Gerais, representada pela Diretora do Departamento Nadir Goulart Rodrigues, através de contrato de doação, registrado no Cartório RTDPJ DE PIUMHI-MG, protocolo Nº14352, REG Nº5019-LIV B-25-PÁG 212. Piumhi, MG, 30 de julho de 2015:
  • UM GABINETE DENTÁRIO, fabricado pela Atlante AS, de São Paulo, contendo uma cadeira, banqueta, luminária com braço atomizador com ferramentas;
  • UMA PLACA DE METAL com nome do Senhor Bento Ferreira Júnior, cirurgião-dentista;
  • UMA FOTO do Senhor Bento Ferreira Júnior, de 1954, com moldura quadrada tamanho 35x60;
  •  UMA FOTO com os formandos da Faculdade de Odontologia do Triângulo Mineiro, de 1954, com moldura retangular de madeira de tamanho 30x40;
  • UMA FOTO dos formandos na porta da Catedral Metropolitana de Uberaba, com moldura retangular de madeira de tamanho 20x25;
  • UM CERTIFICADO DE CURSO sobre Câncer na Boca, ministrado pelo Dr. Hélio Angotti, do ano de 1954, com moldura retangular de madeira de tamanho 30x25;
  • UM DIPLOMA DE CIRURGIÃO DENTISTA da Faculdade de Odontologia do Triângulo Mineiro, do ano de 1954, diploma confeccionado em pergaminho: "Contrapondo-se à tecnologia do mundo moderno e à larga produção em massa de produtos descartáveis, o pergaminho é um produto manufaturado de grande durabilidade e destaca-se pela beleza e qualidade de impressão. Graças a ele, a humanidade conseguiu preservar, conservar, estudar e manter viva sua história, tornando-se o principal suporte de livros e documentos importantes feitos para durar séculos. Feito de pele de cabra curtida naturalmente ou tratada quimicamente, essa técnica foi desenvolvida na Antiguidade para as escrituras, que perduraram séculos. O pergaminho ainda hoje é muito utilizado, principalmente na confecção de documentos importantes, como títulos, letras do Tesouro Nacional, diplomas, homenagens por ser um material difícil de ser falsificado e por sua grande durabilidade de geração à geração."
  • UMA FOTO do Encerramento do XII Congresso Estadual dos Estudantes, realizado em Alfenas, no ano de 1953, com moldura retangular de madeira, tamanho 30x25;
  • UMA FOTO dos formandos com as cadeiras odontológicas em aula prática, com moldura retangular de madeira de tamanho 20x25;
  • DUAS FOTOS com os colegas de profissão do Senhor Bento Ferreira Júnior, com molduras de madeira de tamanho 20x25.
Após a abertura ao público, novas peças de equipamentos de trabalho de profissões representativas da história do trabalho vêm sendo incorporadas, com mudanças essenciais para a implantação do Museu das Profissões, envolvendo a adaptação para abrigar os equipamentos, a restauração de fotografias, ações de pesquisa e organização da exposição permanente e ampliação e conservação do acervo. 
O "Museu das Profissões" ocupa espaços da Casa de Cultura de Piumhi, situada à Rua Doutor Avelino de Queiroz, 193. Um espaço cultural para a cidade e região. Uma forma de compartilhar os fazeres, prazeres e saberes que o mundo nos oferece, através do contato com os objetos e com outros tempos. Experiência de aprender que nos transforma e transforma o mundo.
O Museu oferece ao público de qualquer idade um espaço interessante de memória e história. Enquanto para alguns ele é fonte de descobertas curiosas, para outros ele é uma oportunidade de reviver antigas emoções. Seu acervo registra e celebra a trajetória histórica de trabalhadores mineiros, do ambiente urbano ou rural. 
Num país em que a preservação da memória nacional é pouco valorizada, torna-se privilégio ter contato com objetos, equipamentos, documentos que resistiram ao tempo e à insensibilidade daqueles que deviam preservá-los.
Fotografias e objetos, muitas vezes em avançado estado de decomposição, efeito implacável do tempo, são documentos preciosos que revelam com fidelidade acontecimentos, saberes, histórias importantes de pessoas, profissões e entidades. São pequenas histórias e personagens dos mais diversos matizes, de interesse coletivo.

Fica aqui, a tentativa de prestar o merecido reconhecimento a todos os cirurgiões-dentistas que, anônimos ou não, com maior ou menor participação, deram sua contribuição para projetar a odontologia brasileira na dimensão técnico-científica e de expressiva importância para a saúde da população. A eles o nosso eterno reconhecimento.

Taís Ferreira - jornalista
taiswebjornalismo@gmail.com
(31) 9806-3249

Visite a página do MUSEU DAS PROFISSÕES DE PIUMHI


Figuras típicas

Em cada região mineira que se visita, observa-se a presença de pessoas que exercem determinadas profissões ou atividades típicas locais, mantêm condutas características, usam vestuários compatíveis e utilizam instrumentos de trabalho peculiares, oriundos e vinculados aos seus respectivos processos histórico-culturais e econômicos.

Convém lembrar que Minas são muitas e que todas são retratadas pelas figuras típicas de cada uma de suas regiões culturais, cujos aspectos físico-geográficos e processos históricos são bem diferenciados. Ressaltam-se entre essas figuras típicas:

Garimpeiro
Foi a figura típica pioneira da colonização e da história de Minas. Com sua bateia, caminhavam às margens dos riachos em busca do metal nobre, desbravando e conquistando terras, demarcando sesmarias e arrendando datas. Esta figura típica ainda é encontrada nas barras do Rio das Velhas, na região de Diamantina e outras áreas de garimpo.

Indumentária: calça comprida, mas arregaçada até aos joelhos, camisa de algodão de manga curta e chapéu de palha. Hoje, já aderiram às botas de plástico.

Adereços: bateia de madeira ou metal, enxada pequena e um pequeno saco de couro amarrado na presilha da calça para guardar as pepitas de ouro ou diamante faiscadas.

Regiões Culturais onde são encontrados com maior frequência:
- Região Cultural da Mineração
- Região Cultural do Nordeste Mineiro
- Região Cultural do Triângulo Mineiro

Tropeiro
Desde o século 18, esta figura conquistou serras, planaltos e abriu caminhos levando e trazendo mercadorias. Normalmente, comandava treze burros e mulas, um verdadeiro cortejo equestre puxado pela besta-madrinha, que portava o colar de cincerros.

Indumentária: calça comprida escura, camisa xadrez, botas ou sandálias de couro cru, chapéu de palha e capa em períodos de chuva.

Adereços: chicote, embornal e, em tempos passados, uma caneca com corrente atada ao arreio para tomar água na beira dos rios, já que não usava descer do cavalo para isso. Atualmente, os tropeiros usam as cabaças feitas de abóbora seca ou o cuité para tomar água nos córregos ou nascentes por onde passam. O uso desse adereço está comprometido devido à poluição dos riachos e nascentes.

Regiões Culturais onde são encontrados com maior frequência:
- Região Cultural da Mineração
- Região Cultural do Nordeste Mineiro
- Região Cultural da Zona da Mata

Vaqueiro
Desde o início da colonização de Minas Gerais que o Rio São Francisco se tornou o "rio dos currais". A criação de gado extensiva na região do Vale do São Francisco favoreceu o surgimento da figura do vaqueiro em meio ao cerrado e ao grande sertão das veredas, onde são comuns as matas de espinheiros.

Indumentária: calça comprida protegida com perneiras de couro, camisa de algodão e botas também de couro. O destaque fica para o chapéu de aba pequena e virada semelhante ao do nordestino.

Adereços: chicote, cantil artesanal e berrante, pois as cantigas de aboio lhe são características. Usa também o embornal, onde portam a paçoca de carne seca.

Regiões Culturais onde são encontrados com maior frequência:
- Região Cultural Sanfranciscana Mineira
- Região Cultural do Nordeste Mineiro

Boiadeiro
Figura típica cujo caráter é mais introvertido que o do vaqueiro do sertão e das veredas, afinal, ele vive entre montanhas, planaltos, matas e cerrados mais densos. É calado, sisudo e desconfiado. Gosta da viola, faz seus versos românticos e conquista os corações. Toca o berrante com a alma, conduzindo o gado pelas estradas. Destes grupos, destacam-se vários peões que hoje são figuras tradicionais em qualquer Exposição Agropecuária. Infelizmente, os caminhões boiadeiros vêm tirando o espaço de trabalho deste profissional, que viajava dias tocando a boiada pelas estradas mineiras.

Indumentária: calça jeans, camisa xadrez, chapéu com a famosa dobra de boiadeiro na aba, e a capa que lhe cobre até os joelhos, usada no período de chuvas.

Adereços: botas de couro com salto e acabamentos metálicos, uma tala com cabo trabalhado em prata, laço de couro bem elaborado, esporas também de metal dourado ou prateado e o berrante. Muitos deles carregam a viola à tira colo.

Regiões Culturais onde são encontrados com maior frequência:
- Região Cultural do Nordeste Mineiro, mais à leste abrangendo a região de Governador Valadaresem direção à Região Cultural da Zona da Mata.
- Região Cultural do Triângulo Mineiro.

Carreiro e Candeeiro

Com a evolução na qualidade nos meios de transporte, já não se vê com frequência o carro de boi. Assim, essas duas figuras típicas fazem parte da memória histórica da área rural de Minas Gerais. Hoje, eventos saudosistas são realizados em vários municípios mineiros com a figura do Carreiro e do candeeiro com seu carro de boi.

O candeeiro geralmente é uma pessoa mais jovem que segue à frente do carro de boi guiando os animais, portando uma vara de mais ao menos um metro de altura com uma argola na ponta que os bois acompanham. O carreiro, por sua vez, é a outra pessoa que fica em cima do carro de boi e que também porta uma vara pequena, feita de pau mulato - que é mais resistente - com um pequeno ferrão para fazer os bois andarem sem sair da toada.

Indumentária: calça parda e camisa xadrez.

Adereços: as varas de guia, o chapéu de palha e a botina.

Curiosidades:
- o carro de boi tem seu valor pelo cantar de suas rodas.

- a primeira junta de bois se chama bois de guia, a segunda, bois de torno, e a terceira, bois de
cabeçalho.

Regiões Culturais onde são encontrados com maior frequência:
- Região Cultural Sanfranciscana Mineira
- Região Cultural do Nordeste Mineiro
- Região Cultural da Zona da Mata
- Região Cultural do Café Oeste Sul

Figuras típicas de regiões cafeiras
A introdução do cultivo do café em Minas Gerais se deu em meados do século 19, a partir da Zona da Mata. No século 20, o plantio se estendeu para o Sul, Oeste e Triângulo Mineiro. Esta atividade veio cristalizar o modo de vida e o padrão sociocultural que ainda caracterizam a população das cidades que tiveram sua origem em históricas fazendas, muitas das quais sobrevivem até hoje. Descentes das tradicionais famílias daquela época se encontram espalhados por essas regiões, onde se destacaram pelo menos três figuras típicas:

Colhedeira de Café
Indumentária: saia comprida e rodada de chita e blusa de manga comprida clara.

Adereços: lenço na cabeça, chapelão de palha e, contornando a saia, preso de lado, um pano com qual se colocam os grãos de café colhidos. Uma peneira grande, chamada apá, também é usada para separar o grão das folhas.

Barão do Café
Indumentária: geralmente utilizava calça comprida escura, camisa branca e colete do mesmo tecido bom da calça com o famoso relógio de corrente. Também usava o tradicional jaquetão de seis botões.

Adereços: gravata, chapéu de aba larga e o famoso bigode usado pelos nobres ingleses e franceses que ditavam a moda da época.

Regiões Culturais onde são encontrados com maior frequência:
- Região Cultural da Zona da Mata
- Região Cultural do Café Oeste Sul
- Região Cultural do Triângulo Mineiro

Lavadeira
A carência de saneamento básico nas centenas de cidades, vilas e lugarejos de Minas Gerais forçou as comunidades a buscar água em fontes naturais. Nesse contexto, surge a figura típica da lavadeira à beira de rios, lagos e nascentes, cenários de diversas histórias decorrentes da movimentação das mulheres em função da água - romances, intrigas, formação de mutirões e grandes amizades. Diversos causos e lendas relacionam-se a esses momentos sociais que ainda ocorrem em muitos lugares. Hoje, como antigamente, as lavadeiras ainda criam versos, brincadeiras e cantigas para aliviar o árduo trabalho. Alguns grupos chegaram inclusive a obter destaque no meio cultural como é o caso do Coral das Lavadeiras do Vale do Jequitinhonha, que já se apresentam em ocasiões especiais.

Indumentária: saia de chita amarrada à cintura, blusa decotada, sem manga ou de manga curta.

Adereços: lenço na cabeça ou chapéu de palha de aba larga, chinelos, um banquinho e uma bacia. Sabugo e palha de milho eram usados para esfregar as roupas. Para carregar água para casa, até aparecer a folha de flandres no final do século 19 e início do século 20, as lavadeiras usavam jarros de barro apoiados numa rodilha de pano. Hoje, em diversos lugares, inclusive na periferia das maiores cidades do Estado, ainda se vêem lavadeiras carregando latas d´água para abastecerem suas casas.

Regiões Culturais onde são encontrados com maior frequência:
- Região Cultural Sanfranciscana Mineira
- Região Cultural do Nordeste Mineiro

Raizeiros
A figura típica do raizeiro, também conhecido como chapadeiro, foi comum nos vales dos rios São Francisco, Jequitinhonha, Doce e Grande, ligada à extração de remédios da flora. Ele faz longas caminhadas a pé em busca de raízes, caules, folhas, frutos e sementes medicinais, sempre atento às fases da lua para fazer sua colheita e sem depredar o meio ambiente. A busca da medicina alternativa tem valorizado muito a pessoa do raizeiro.

Indumentária: calça e camisa escuras ou pardas de algodão grosso e alpercatas de couro cru.

Adereço: leva às costas o cacaio - um tipo de balaio - onde estão a muda de roupa e a merenda. De volta, nele transporta o produto de sua colheita. Usa chapéu de palha e carrega na bainha o facão, pendurado no corrião à esquerda.

Regiões Culturais onde são encontrados com maior frequência:
- Região Cultural Sanfranciscana Mineira
- Região Cultural do Nordeste Mineiro
- Região Cultural Café Oeste Sul
- Região Cultural da Mineração
- Região Cultural da Zona da Mata


Canoeiro
Esta figura típica é encontrada no Vale do Rio Jequitinhonha e no Vale do Rio São Francisco. Para facilitar o transporte de pessoas e mercadorias de uma margem à outra de um rio, ou de uma região ribeirinha à outra - rio abaixo ou rio acima, o canoeiro utiliza uma embarcação simples, mas sempre de grande serventia. Desde o século 18, ele é uma figura típica presente nas Minas Gerais e muito estimada por todos que utilizam seus serviços.

O canoeiro conhece bem os segredos e armadilhas dos rios, sabe ler com precisão a época das enchentes e das secas através dos cantos dos pássaros e das fases da lua. O dia 24 de junho, Dia de São João, é sagrado para este povo ribeirinho, pois é quando se tem, mediante costumes da sapiência popular, a previsão da quantidade de chuva para aquele ano. Ele fala dos mitos dos rios com tanta intimidade, que nos dá a sensação de realidade e de que esses mitos verdadeiramente lhes auxiliam nas dificuldades do trabalho. Seu equilíbrio no barco ao manusear os remos, de pé, e sua destreza em lançar as redes no rio, de forma assertiva, ao pescar são habilidades a se admirar nas bucólicas tardes ribeirinhas.

Apesar da evolução da área de transportes fluviais, valendo-se hoje de embarcações motorizadas de pequeno porte, o canoeiro não perdeu a sua característica poética de criar cantigas e versos, muitos deles recitados nos romances e causos, e solados nas cantorias dos violeiros das regiões ribeirinhas.

Vale frisar que, no Vale do São Francisco, o canoeiro é conhecido também como barranqueiro. Os shows de Rubinho do Vale, Dércio Marques e Marku Ribas projetam a riqueza folclórica dessa figura típica.

Indumentária: calça parda com camisa de algodão claro, quando a usam.


Adereços: chapéu de palha com aba larga e o embornal com a merenda característica regional. Levam consigo os remos e a inseparável garrafa com água colhida em nascentes.

Regiões Culturais onde são encontrados com maior frequência:
- Região Cultural Sanfranciscana Mineira
- Região Cultural do Nordeste Mineiro
- Região Cultural Café Oeste Sul

Pipoqueiro - vendedor de algodão doce - vendedor de Biju - vendedor de bilhete de loteria - as quatro figuras acima são tipicamente urbanas. São controlados por órgãos públicos. Mas, o curioso é a criatividade de cada um no ato da venda, utilizando com humor versos, frases feitas, brincadeiras, buzinas e matracas para chamar a atenção da clientela.

Além das figuras típicas, existem ainda as figuras típicas consideradas históricas, mediante lendas e causos específicos inspirados em suas imagens, contados pela comunidade. Algumas já foram inclusive temas de romances, peças teatrais, filmes, telenovelas e enredos de escolas de samba.

Assim, destacam-se:


Dona Beja - Araxá

Chica da Silva - Diamantina

Dona Maria Joaquina do Pompeu - Pompeu

Maria Tangará - Pitangui


Barão de Catas Altas - Caeté, Catas Altas do Mato Dentro

Chico Rei - Ouro Preto


Dona Olímpia Cota - Ouro Preto

Dona Maria da Cruz - Pedras de Maria da Cruz / Januária

Dona Luciana - Araçuaí


Publicado em: http://www.descubraminas.com.br/Cultura


Nenhum comentário:

Postar um comentário